Ontem foi dia de fazer
compras, e quem é fanático por culinária, nada mais divertido que ir ao
supermercado. Praticamente um parque de diversões. Nessas e outras, reparei que
onde vou fazer minhas compras, tinha recebido uma enorme carga de azeite. De
várias marcas, países, aromatizados, trufados e até com aceto balsâmico. Então
perguntei para algumas pessoas conhecidas se elas sabiam realmente a diferença
entre eles, e a algumas resposta que tive foi: ”faça um post no blog! Eu não
sei”.
Azeite por definição é
um tempero, produzido através do beneficiamento das azeitonas. É muito antigo e
bastante utilizado no mundo. Etimologicamente da região mediterrânea, porém,
existem relatos de produções antigas em várias outras partes do planeta. Além
de muita história, o azeite faz bem a saúde, se utilizado sem excessos. Devido à
quantidade de substâncias que fazem bem ao nosso organismo, como hidrocarbonetos,
fosfatídeos, esteróis e vitaminas lipossolúveis (E, A, D e K), ele reduz o LDL,
que é o mau colesterol, e também é rico em polifenóis, que reduzem a oxidação.
O azeite é classificado
de acordo com seu nível de acidez e tipos de azeitonas, e isso decorre
principalmente da sua produção. Sua classificação real é definida por azeites
virgens e outros, porém, vou colocar o Azeite Lampante como uma zona de
transformação, pois a partir dele surgem os “outros” tipos. Os azeites virgens são
azeites de uma única oliveira e que não tenham sofrido nenhum processo além do
básico (lavagem, da decantação, da centrifugação e da filtração). São eles:
Azeite virgem
extra é
o mais puro e rico em nutrientes, porque ele não sofre refinamento. Sua acidez
de no máximo 1% o transforma em um azeite excelente e o mais saudável de todos.
Azeite virgem,
perto de um extra, denota-se inferioridade de aroma e sabor, porém, é de boa
qualidade. Sua acidez máxima deve ser 2%.
O Azeite
lampante não pode ser consumido diretamente e sua comercialização passa por
processos de refinamento. Sua acidez pode ser superior a 3,3%.
Azeite
refinado é um azeite de baixa qualidade perante os virgens. Devido o
refinamento, ele perde aroma, sabor, cor e vitaminas e até os alguns nutrientes
benéficos à saúde. Sua acidez é de 0,5%.
Azeite
composto é o de pior qualidade. Ele mescla outros tipos de óleos além do refino
do azeite lapante, fazendo com que não tenham aromas e sabores característicos.
Os demais
azeites são varições dos de cima, como por exemplo um azeite que lê-se puro com 2% de acidez, agora você sabe que ele é um azeite virgem, e por ai vai sua interpretação. Até porque, hoje existe muito marketing, como empresas que vendem azeites
colhidos a lua cheia ou os azeites da reserva das oliveiras do norte da Toskana, basta identificá-los pela acidez. Existem também empresas que vender azeites aromatizados, trufados e por ai vai, e esses uma atenção maior quanto a perecividade do produto inteiro.
Para cuidar bem do seu azeite,
sugiro algumas dicas:
- Os melhores
azeites para o consumo (correto quanto sua utilização) são os de menor acidez;
-
Aconselha-se que os azeite virgens estejam engarrafado em vidro escuro para
diminuir sua oxidação, pois a incidência de luz, afeta e muito o processo. Já
os óleos de oliva, devem permanecer em latas de metal, porém com cuidados as
soldas. Pois o ponto de solda incorreto pode oxidar o produto;
- Luz, o calor e o ar são prejudiciais aos azeites, assim como o tempo.
Então, opte por embalagens menores, para que o consumo seja rápido;
- Azeites de cor mais esverdeada possuem sabor mais frutado;
- Nunca utilize azeites com aromas de mofo ou muito acre;
- Legumes, carnes brancas e mais frágeis e saladas requerem azeites mais
leves, enquanto cozidos e carnes vermelhas pedem azeites mais fortes. Confira a
tabela abaixo.
Uso culinário do azeite por
acidez
|
||
Tipo
|
Acidez
|
Utilização
|
Extra Virgem
|
< 0,8%
|
Saladas e molhos
|
Virgem fino
|
1,5%
|
Saladas e molhos
|
Semifino
|
3,0%
|
Saladas e frituras
|
Refinado
|
>3,0%
|
Frituras de imersão
|
Puro
|
>2,0%
|
Frituras, assados e marinados
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário