FILÉ A CHATEAUBRIAND

Para comemorar o dia mundial da música, um prato com conteúdo musical de alta qualidade. Tanto na escolha quanto no prato. Villa-Lobos e mignon. A data foi instituída em 1975 pelo International Music Council, uma instituição fundada em 1949 pela UNESCO, que agrega vários organismos e individualidades do mundo da música. Neste dia decorrem vários concertos, em todo o país, de forma a celebrar o Dia Mundial da Música. Que tal cozinhar hoje anoite ouvindo uma boa sonata?

Heitor Villa-Lobos é o maior expoente da música do modernismo no Brasil, compondo obras que enaltecem o espírito nacionalista, ao qual incorpora elementos das canções folclóricas, populares e indígenas. Filho da lavadeira, desde novo mostrava tino para música. Grande compositor e maestro que adiquiriu fama internacional e chegou a escrever óperas.

Em minhas pesquisas, o maestro era um grande carnívoro e que adorava comida requintada. Como hoje é o dia mundial da música, a  homenagem é para Villa-Lobos, postando uma de suas receitas favoritas, o filé a chateaubriand. Esse prato, era muito apreciado pelo maestro quando ia na Confeitaria Colombo, só que lá ele comia o Chateaubriand Colombo (filé mignon com batatas, presunto e fios de ovos). Uma passagem curiosa dele, envolve piadas culinárias com a ignorância da época, onde em visita à França, foi questionado por uma jovem francesa, se os Brasileiros ainda cultivavam o hábito da antropofagia (comer pessoas). Villa-Lobos respondeu: "Claro Senhorita, ainda gostamos muito e nosso prato preferido são criancinhas francesas!". 

Os principais cortes do filet: 1 - O filet mingon inteiro e limpo de gorduras e aponevroses. 2 - Picado neste tamanho pode ser usado para fondue ou refogado. 3 - O tradicional Chateaubriand, cortado da "cabeça" do filet. 4 - Do coração do filet, o famoso tournedos. 5 - Um medalhão, retirado mais perto da ponta. 6 - Corte específico para o brasileiríssimo "picadinho"

O Chateaubriand, como o conhecemos, tem origem imprecisa: pode ter sido criado pelo cozinheiro do antropólogo François René de Chateaubriand (1768-1848), chamado Montmireil, em homenagem ao patrão, ou nasceu em tempos imprecisos na cidade de Chateaubriant, no Departamento do Loire-Atlantique, um dinâmico centro francês de criação de gado bovino que tem uma confraria de vistoso uniforme e muito apetite chamada Academia do Chateaubriant. Lá, esse corte pode ser servido com molho béarnaise ou de vinho tinto, mas aqui no Brasil se tornou conhecido através de uma receita farta, o filet Chateaubriand ao molho Madeira, flambado com vodka, molho do vinho com champignons e acompanhado por arroz à grega e batata palha.

Para: 4 pessoas
Tempo: 40min
Nível: médio

Ingredientes:
1 peça de filet mignon
100g de champignon frescos
1 colher de manteiga clarificada (Italiana Burro Soresina, preferencialmente)
1 dente de alho
2 colheres de sopa de requeijão
100g de creme de leite
Sal Q/b
Pimenta Q/b

Modo de preparo:
1- Corte o corpo do filet mignon em pedaços com espessuras de 3 a 4 dedos, aproximadamente 400g;
2- Tempere os cortes de Filet Chateaubriand apenas com sal e pimenta;
3- Aqueça, em fogo alto, uma frigideira com um pouco de manteiga clarificada ou azeite de oliva;
4- Sele os pedaços de carne e frite-os em um fogo baixo;
5- Pique o alho e em outra frigideira, coloque um pouco de manteiga e doure-os;
6- Acrescente o champignon e frite-os rapidamente;
7- Posteriormente coloque o requeijão e o creme de leite;
8- Desligue o fogo e mexa bem;
9- Acerte o sal e a pimenta e sirva o Filet Chateaubriand ao Champigon.